As quatro perguntas da vida

Ano passado, enquanto eu simplesmente boiava no fundo do poço sem perceber que a profundidade aumentava, meu tio citou quatro perguntas que o fizeram tomar decisões na vida. Eu não lembrava, mas ele disse que já havia ensinado esses questionamentos a mim há dez anos.

Ele repetiu e eu anotei para uma coisa ou outra. Não usei em nem uma coisa, nem noutra. Mas, naquela ocasião, mesmo estando em águas tão profundas, eu sabia responder às questões. Listo abaixo:

• 1- onde você vai morar?
• 2- com quem você vai morar?
• 3- o que você vai fazer para viver?
• 4- você vai ter filhos?

Ao ter uma resposta para cada uma delas, você teoricamente tem também uma boa base da sua vida. Eu sabia responder tudo. Tudo mesmo. Sabia.

Agora, talvez, eu tenha uma resposta para duas dessas perguntas. As outras duas seguem como pontos de interrogação gigantescos na minha cabeça. E acaba que uma dessas duas também interferem noutra que sei afirmar.

Às vezes me preocupo com isso. Mas, por ora, prefiro (tentar) ficar como Phoebe, de Friends, relaxada ao responder se tem um plano: “eu não tenho nem mesmo um ‘pla’”.