Como se fosse a primeira vez — edição Pernambuco

A versão local do clássico da comédia besteirol

Karoline Albuquerque
3 min readMar 27, 2020

Henrique é um veterinário do Recife que consegue um trabalho em Tamandaré e, para evitar o deslocamento todos os dias, se muda para a cidade do litoral sul pernambucano.

Lúcia, uma professora de artes moradora de Tamandaré, sofreu um acidente na PE-76, quando ela e o pai Marcos iam buscar uma cana-de-açúcar em comemoração ao aniversário dele.

Em uma manhã, Henrique decidi ir tomar café numa pousada na beira mar. Lá, ele, um playboy zona sul, enxerga Lúcia, joga umas pala, ela ri das tabaquices e marcam de se ver no outro dia.

Só que, no outro dia, Lúcia não reconhece Henrique. Acontece que, no acidente, Lúcia perdeu a capacidade de reter memórias novas e acha que todos os dia é o dia do aniversário de seu Marcos.

Os funcionários do restaurante da pousada explicam a Henrique e ele decide conquistar Lúcia todos os dias. Ele finge estar sendo assaltado por um trombadinha, arma um sequestro fake na Rua Setenta, e por aí vai.

Seu Marcos e Douglas, irmão de Lúcia, descobrem os planos de Henrique. E, como todos os dias reencenam o aniversário do pai, Lúcia também grafita todos os dias o muro da garagem (haja Suvinil).

Com as pinturas, eles perceberam que ela só canta quando conhece Henrique. A música é a mesma todos os dias: A Raposa e as Uvas — Reginaldo Rossi. Assim, o veterinário convence o pai e o irmão a contarem a verdade.

Henrique prepara um vídeo que Lúcia assiste todos os dias. Com o passar do tempo, ela também se apaixona por Henrique e passa a fazer um diário. Ela topa, inclusive, se amancebar com o boy.

Mas, um dia, ela acorda e escuta que ele rejeitou uma proposta para trabalhar em Fernando de Noronha, no ICMBio. Lúcia, então, morga com Henrique e apaga ele das páginas do diário.

Henrique volta atrás e aceita o trabalho no arquipélago pernambucano. Ele pega uma carona com um veleiro que participa da Refeno e, na saída, recebe um presente do ex-sogro e ex-cunhado.

Contam que Lúcia se mudou para o Ulysses Pernambucano , lá dá aulas de artes e voltou a cantar. Ao dar play, escuta: “Lembro com muita saudade / Daquele bailinho / Onde a gente dançava / Bem agarradinho”.

Aos prantos, Henrique nota junta uma coisa na outra e percebe que se Lúcia canta, é porque lembra dele. Como o barco da carona ainda não havia saído, ele saí correndo e pega um 521 — Alto Santa Isabel (Conde da Boa Vista).

Ele invade o hospital psiquiátrico e encontra Lúcia. “Ei, essa menina lembra de mim?”, pergunta Henrique. Ela nega. Mas o chama e leva para o seu estúdio. Lá, mostra várias pinturas dele, pois sonha com Henrique.

Os dois acabam se casando e passam a morar em Fernando de Noronha. E todos os dias Lúcia assiste ao vídeo e conhece novamente afilha, Maria Cecília.

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Karoline Albuquerque
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Written by Karoline Albuquerque

Queria ser astronauta, mas sou jornalista.

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