Rita, você é imortal, meu amor
Não sei com quantos anos eu “descobri” Rita Lee. Vi várias histórias de gente da minha idade sobre esse momento, enquanto nos despedimos da rainha do roquenrol. Só sei que na época do meu primeiro tocador mp3, há mais de 15 anos, eu tinha ‘Amor e Sexo’ e ‘Erva Venenosa’ nas listas, minhas favoritas da época.
Crescendo, ou envelhecendo, fui entrando mais e mais nas composições maravilhosas da nossa padroeira da liberdade junto ao seu grande amor, Roberto de Carvalho (e que casal “goals”, como dizem os jovens, né?!). Entre um trecho e outro, fui descobrindo que era e o que não era minha cara careta.
Eu não sou ‘Ovelha Negra’. Nunca fui. Talvez um pouco de ‘Pagu’, um pouco de ‘Doce de Pimenta’ e um restinho de ‘Cor de Rosa Choque’. Mas, definitivamente, sou ‘Nem luxo, nem lixo’. Como Rita escreveu, “uma pessoa comum remando contra a maré”. Sei lá, vai ver é a lua em Virgem que compartilhamos.
Meu sonho era que Rita Lee fosse imortal. E ela é.